São Paulo, terça-feira, 9 de janeiro de 1996
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Freio a disco aumenta segurança

MARCELO TADEU LIA
DA REPORTAGEM LOCAL

É possível aumentar muito a segurança do veículo e melhorar sua dirigibilidade com a substituição do sistema de freios a tambor pelo similar a disco.
Existem à venda no mercado kits de freio a disco para veículos de passeio -para modelos Volkswagen, fabricados pela empresa Varga- e utilitários (veja quadro com preços abaixo, à esquerda).
Essas lojas e oficinas vendem freios a disco e os instalam -ou então oferecem kits desmontados (com todas as peças ou incompletos), para posterior colocação.
Comparados ao sistema de freios a tambor (em carros 0 km nacionais, instalados apenas na parte traseira), os freios a disco exibem grandes vantagens -leia texto nesta página.
"A instalação do freio a disco, porém, não implica apenas na simples substituição dos sistemas", afirma Marcio Anselmo Nóbrega, 27, da Brake Tester.
Segundo Nóbrega, há necessidade de adaptar ou trocar vários componentes, como o cilindro mestre (envia fluido de freio para o sistema). "O freio pode travar devido à diferença de funcionamento e função das peças", diz.
A troca sem cuidados pode tornar o pedal de freio mais rígido e alto, ou mesmo baixo e elástico (com folga e sem eficiência).
O tempo de instalação varia de acordo com o modelo do veículo -entre 4 e 8 horas.
"Em carros mais antigos, equipados com freios a tambor nas quatro rodas, a troca geralmente é feita apenas na parte dianteira", diz José Manzini, da Avant.
No ato de frear, segundo Adilson Scarazzatti, engenheiro da Varga, o carro pára com 70% da força dos freios dianteiros e 30% dos traseiros.
Funcionamento
O freio a disco consiste basicamente em uma pinça (que segura as pastilhas) e o próprio disco.
A pinça é fixada na ponta do eixo e envolve parcialmente o disco.
Ao acionar o freio, a pressão desloca os êmbolos com fluido de freio e prende o disco entre as pastilhas -o atrito provoca a freada.
Ao liberar o pedal, os êmbolos retornam à posição original e mantêm as pastilhas bem próximas dos discos, prontas para nova freada.
O sistema a tambor tem funcionamento e componentes mais rústicos. Sapatas -feitas em liga de alumínio ou chapa de aço revestidas com amianto- têm a mesma função das pastilhas. O maior problema é a fragilidade com o aumento da temperatura -ocasionada pelo constante uso do freio.
Em declives acentuados, por exemplo, o sistema pode simplesmente não funcionar devido ao superaquecimento das lonas.

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