São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 1996
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Nova função

Presidente, Jânio Quadros vai ao Rio abrir uma exposição de pintores argentinos no Museu de Arte Moderna. Compromissos em Brasília, porém, fizeram com que Jânio atrasasse sua chegada. Duas horas depois do previsto, o presidente chega ao museu.
Cerimônia concluída, na saída do museu um funcionário consegue driblar a segurança e se aproxima de Jânio. Humildemente, cumprimenta o presidente, pede um autógrafo e emenda a explicação para o gesto:
- Presidente, preciso do autógrafo para me justificar em casa. O senhor atrasou muito e passei da hora do almoço em casa. A patroa não vai acreditar que eu estava trabalhando. Ela anda muito desconfiada. Só o senhor pode me ajudar.
Jânio deu uma gargalhada, autografou uma folha de caderno e, novamente com o semblante sério, fez a brincadeira:
- Tudo bem, compreendo seu desespero. É preciso tratar bem as mulheres. Mas é a primeira vez na vida que sirvo de relógio de ponto.

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