São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 1996 |
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Operação do Econômico é investigada
ABNOR GONDIM
Calmon de Sá não foi encontrado ontem em Salvador. Ele estaria viajando, segundo assessores. Os indícios foram localizados na concessão de financiamentos rurais e em moeda estrangeira, empréstimos e adiantamentos a empresas controladas pelo próprio Econômico. Essas operações, que segundo a procuradoria ocorreram entre 1989 e 1994, são vedadas pela Lei do Colarinho Branco, que trata sobre crimes no sistema financeiro. O caso foi encaminhado com pedido de providências no dia 22 de dezembro para a procuradora-chefe da República na Bahia, Zélia Gomes. O subprocurador federal do Cidadão, Álvaro Costa, diz que as operações ferem o artigo 17 da Lei do Colarinho Branco. Esse artigo veda a concessão de empréstimo ou adiamento a sociedade cujo controle seja exercido por dirigentes da instituição ou seus parentes. A procuradoria não informou os nomes das empresas. Na Bahia, o Econômico controlava empresas rurais, turismo e do pólo petroquímico que podem ter sido as beneficiadas pelas operações ilegais. Os indícios do suposto crime foram localizados na documentação do Econômico requisitada do Banco Central pela procuradoria após a decretação da intervenção federal, em agosto passado. Segundo a procuradoria, essas providências foram tomadas bem antes de o Banco Central anunciar, anteontem, a intenção de pedir o indiciamento de Calmon de Sá ao Ministério Público pela mesma Lei do Colarinho Branco. BC e Nacional Um novo processo administrativo foi instaurado no dia 22 na procuradoria para investigar a intervenção Banco Nacional e a sua venda ao Unibanco. Esta semana, o subprocurador Álvaro Costa deve reinquirir o BC sobre o assunto. Texto Anterior: IPVA com desconto vence na segunda-feira Próximo Texto: Falta de emprego afeta só indústria, diz FHC Índice |
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