São Paulo, quarta-feira, 10 de janeiro de 1996
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Notas

THALES DE MENEZES

Guillermo Vilas ficou chateado com seu desempenho no Rio. Mais ainda quando descobriu na platéia o brasileiro Thomaz Koch. Quando tinha nove anos, Vilas viu Koch jogar e se identificou com o brasileiro. Copiou o cabelo comprido preso por uma bandana e o interesse por filosofias orientais, como a ioga. Apenas o estilo de jogo ficou diferente. Koch é clássico, completo. Vilas é o típico rebatedor de fundo de quadra.
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Em 80, Brasil e Argentina jogaram pela Copa Davis, no Sírio. Com Vilas e o emergente José Luís Clerc, a Argentina era favorita contra Koch e Carlos Kirmayr. Clerc venceu Kirmayr. No segundo jogo, a previsão era de que Vilas, então o quarto do mundo, ganhasse fácil do veterano Koch. Mas o jogo foi emocionante.
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Koch fez 2 sets a 1, incendiando a torcida. Enquanto descansavam (na Davis, havia um intervalo entre o terceiro e o quarto set), as arquibancadas tremiam com o público. No vestiário, o veterano Ricardo Cano pedia a Vilas que esquecesse o fato de jogar com Koch. "Ele é homem como você", repetia. Vilas voltou arrasador e fechou em 6/1 e 6/2. No fim, ao cumprimentar Koch, não se conteve e soltou um "desculpe".

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