São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 1996
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Além da conta; Algo vem; Chame o ladrão; Preferido; Dura pouco; Balanço negativo; Analista; Imbróglio; Quase fora; Prazo; Índia pelo Nordeste; De próprio punho; Janelas para 2000; Efeito Orloff; Matando saudade; Em Campinas; Reta Final

DE PRÓPRIO PUNHO

Além da conta
As previsões pessimistas de déficit público global (União, Estados e municípios) de 4% do PIB em 95 não estão se confirmando. O BC está prestes a fechar as contas e os últimos cálculos já beiram os 5% do PIB. É um risco real.

Algo vem
Apesar dos alertas do TCU de que não dará tempo para entregar o relatório completo sobre o Sivam até 7 de fevereiro, ACM dá como certo que algum sinal o tribunal dará até a data-limite. Nem que outro relatório preliminar.

Chame o ladrão
Além da malária, os militares brasileiros que fazem parte da força de paz da ONU em Angola enfrentam outro problema. Dois deles foram assaltados em Luanda. Detalhe: por policiais locais.

Preferido
Serjão e o líder peemedebista Michel Temer devem se encontrar hoje em Brasília para mais uma tentativa de aparar arestas entre PMDB e FHC. Antes, Temer vigia Paes de Andrade no encontro dos caciques do partido com FHC.

Dura pouco
Stephanes deixou por meia hora a reunião com sindicalistas ontem para falar com Bornhausen. O presidente do PFL não está gostando do acordo da Previdência: "Não vai avançar nem o mínimo necessário. Logo vai ter que mexer".

Balanço negativo
Em 95, ano em que o Executivo mandou e desmandou no Congresso, só 16 deputados conseguiram aprovar projetos. Ao PT, derrotado em todas as votações importantes, restou o consolo de ter aprovado mais projetos: quatro.

Analista
A assessoria de Serra fez um balanço das atividades do ministro na semana passada: ele teve cinco reuniões no Planalto, esteve duas vezes com FHC no Alvorada e recebeu uma visita do presidente em sua casa, na noite de quinta.

Imbroglio
O deputado federal Milton Temer é a bola da vez da direção nacional do PT para tentar evitar a candidatura do vereador Chico Alencar a prefeito do Rio. As conversas já começaram.

Quase fora
Carlos Apolinário defende que todos os filiados tenham direito a voto na prévia do PMDB para definir o candidato à Prefeitura de São Paulo. Nos batidores, o deputado emite sinais que considera difícil vencer a disputa interna.

Prazo
A gangorra dos partidos na Câmara só deve terminar em 15 de fevereiro. É a data que vale para que, baseado no número de deputados de cada legenda, se faça a distribuição de presidências e relatorias das comissões.

Índia pelo Nordeste
Após a estada em Petrópolis, Ruth Cardoso vai a quatro cidades pobres para acompanhar o trabalho do Universidade Solidária. Ela está tão animada com o programa que até desistiu de acompanhar FHC na viagem à Índia.

Entre outras razões, Ruth está empolgada com o Universidade Solidária porque vai reviver um pouco seu trabalho de campo como antropóloga do Cebrap. Ela própria redigiu o questionário de avaliação usado no programa.

Janelas para 2000
A Fiesp começará com pompa o ciclo de palestras sobre o caminho da indústria no próximo século. Ao menos escolheu o empresário que está mais na moda no mundo para fazer a primeira conferência, em 1º de março: Bill Gates.

Efeito Orloff
Em entrevisa ao jornal "Clarín", no domingo, Menem disse que "respeitará a Constituição" e não será candidato em 1999. Porém, já se lançou para 2003, quando terá 73 anos. Se a moda pegar, FHC volta em 2006.

Matando saudade
Covas passa o dia hoje em Brasília. Vai ao Congresso ver a quantas anda o projeto de reforma da Previdência e deve conversar com FHC. Após a solução do caso Banespa, parece ser a reentrada do governador na política nacional.

Em Campinas
Após as visitas de três ministros tucanos, José Roberto Magalhães Teixeira (PSDB) recebe FHC no domingo, em Campinas. O prefeito enfrenta um câncer no fígado.

Reta final
Reunião de tucanos domingo à noite na casa de José Aníbal, em São Paulo, para discutir a sucessão paulistana: participaram Walter Feldman (pré-candidato), Ricardo Trípoli e Arnaldo Madeira. Querem ter um candidato logo.

TIROTEIO
- Conversar faz parte do ritual da política. Há os que conversam sem dizer, e os que têm necessidade de falar o que conversam. Eu me incluo no primeiro grupo.

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