São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 1996 |
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Ex-secretária da Cidadania vê rede de intrigas entre auxiliares de FHC
EMANUEL NERI
Eluf se demitiu da secretaria na primeira semana de janeiro. Antes, fora acusada de viajar para o exterior sem autorização e de usar diárias para visitar sua família em São Paulo nos fins-de-semana. "Essas acusações são absolutamente mentirosas", diz. "Usava diária quando vinha a serviço". Mostra parecer do procurador dos Direitos do Cidadão, Osvaldo Dias Barbosa Filho, que diz não ter havido irregularidade durante sua passagem pela secretaria. Filiada ao PSDB paulista, Eluf foi substituída por Alaíde Sant'Anna, filha do ex-deputado baiano e ex-ministro da Saúde Carlos Sant'Anna, que é ligado ao senador José Sarney (PMDB-AP). "Não encontrei ambiente favorável no Ministério da Justiça para executar aquilo que achava importante na área da cidadania", afirma Eluf. "Ao mesmo tempo eu vinha sendo sabotada por colegas". Evita fazer acusações pessoais. "Gostaria que o governo como um todo ficasse livre dessas fofocas e intrigas, aquilo que o presidente chama de espírito de corvo", diz. Eluf afirma que a rede de intrigas do governo FHC prejudicou seu trabalho. "Tinha muitos projetos, mas encontrei dificuldades porque havia interesse claro de sabotar o que eu estava fazendo". Atribui à heterogeneidade do governo o motivo das intrigas. "As pessoas lutam por espaço e pedem a grandeza do trabalho". "Elas acabam lutando pela mesquinharia. Isso prejudica muito um governo que eu acho que é muito bom", afirma. Além do Ministério da Justiça, ela também aponta o Programa Comunidade Solidária como foco de intrigas. Texto Anterior: Agricultores esperam perícia em área indígena Próximo Texto: Governo teme que decreto traga prejuízos Índice |
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