São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 1996
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Chuva mata mais quatro pessoas em SC

SILVIA QUEVEDO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FLORIANÓPOLIS

Quatro pessoas morreram por causa da chuva que voltou a atingir Santa Catarina nos dois últimos dias. Desta vez, a região norte do Estado foi a mais prejudicada.
No final do ano, as áreas mais atingidas foram a Grande Florianópolis e sul do Estado. Desde o início do verão, 51 pessoas já morreram em função das chuvas no Estado.
O Corpo de Bombeiros Voluntários de Joinville (a 180 km de Florianópolis) registrou a morte dos irmãos paranaenses Marcelo Andrade, 19, e Rafael Gonçalves Andrade, 15, em Garuva, a cerca de 40 km da cidade.
Segundo o chefe de equipe dos bombeiros, Márcio César Soares Ferreira, 30, os irmãos pescavam em uma ilha do rio São João, com amigos, quando foram surpreendidos pela enxurrada.
O grupo procurou abrigo em uma pedra e os irmãos acabaram sendo arrastados pela água, ao tentar alcançar a margem do rio.
Na baía de Saguaçu, que é um braço do mar, em Joinville, a tempestade também provocou a morte de Ivo Schultz, 37.
Ele estava em um barco de madeira com um amigo, perdeu o controle da embarcação e ambos caíram no mar. O amigo foi resgatado. A tempestade também provocou o transbordamento dos rios Piraí e Cubatão, que alagaram os bairros Quiriri, Morro do Meio, Estrada da Ilha e Jativoca.
Ferreira disse que pelo menos 30 famílias ficaram desabrigadas. O rompimento de tubulações da Casan (Companhia de Águas e Saneamento do Estado), no rio Piraí, deixou ontem sem água potável 40% da população de Joinville, com 400 mil habitantes.
No Planalto Serrano, em Lages (a 200 km de Florianópolis), um temporal causou a morte, anteontem, de uma criança de um ano. O menino Jahson Vanir dormia quando a chuva forte causou a queda de um eucalipto em cima da casa da família.
A árvore ainda atingiu a rede de alta tensão, provocando queda de energia no bairro São Paulo. No bairro São Cristóvão, o desmoronamento de uma garagem destruiu dois automóveis.
A chuva durou duas horas e meia e provocou alagamento dos bairros Habitação, Várzea e Caça e Tiro pelo rio Caveiras, que corta a cidade. Segundo os bombeiros, não há desabrigados.

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