São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 1996
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Olho no Congresso; Cesariana; Efeito geral; Raciocínio; Contradição; Romi-Isetta; Incoerência; Inteligência em falta; Publicidade; Protesto; Boas festas

Olho no Congresso
"Quero congratular-me com a Folha pela publicação do suplemento 'Olho no Congresso' (14/1). Trata-se de um importante serviço aos cidadãos, proporcionando-lhes as informações de que necessitam para a boa compreensão e o adequado acompanhamento dos trabalhos do Legislativo."
Bolívar Lamounier, cientista político (São Paulo, SP)
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"A Folha precisa criar critérios mais eficazes para a avaliação do trabalho parlamentar. Caso contrário, corre o risco de colocar na 'vala comum' todos os parlamentares, o que é um desserviço à democracia. É bom lembrar que o trabalho de deputados e senadores é em todo o Congresso Nacional e também em seus Estados de origem, e não apenas no plenário."
Joaquim Santo Turim (São Paulo, SP)

Cesariana
"Com respeito à reportagem sobre o parto da esportista Hortência, sinto-me na obrigação de pedir à reportagem da Folha um esclarecimento ao público do professor Marcelo Zugaibe, que é responsável pelo ensino de internos e residentes em uma escola médica bastante respeitada, na qual me formei há 20 anos. Uma primigesta (que vai ter seu primeiro filho) saudável declarar que seu médico concordou com a escolha de uma cesariana antecipada em uma semana, cuja indicação foi por um motivo extremamente importante, um mapa astral, leva todos os profissionais a terem alguma dificuldade para justificar sua não-concordância com esse tipo de pedido. A sra. Hortência se encarregou de divulgar um preconceito com relação às dores de parto que merece um esclarecimento. Dona Hortência não deve ter sido esclarecida por quem cuida de sua gestação de que parto normal não é obrigatoriamente doloroso."
Gelde Flosi Stocchero (São Paulo, SP)

Efeito geral
"Em sua edição de 14/1 a Folha reproduziu cena do filme publicitário criado pela Fischer, Justus para conseguir donativos para as Santas Casas. Gostaria de ressaltar que a campanha, idealizada pela Federação das Misericórdias em parceria com o governo, visa arrecadar doações para todas as Santas Casas do Estado, e não apenas para a Santa Casa de São Paulo."
Candido Galvão, presidente da Federação das Misericórdias do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

Raciocínio
"A conclusão a que a pesquisa Datafolha (14/1) chega ao retratar que os espíritas são os maiores críticos da I.U.R.D. (86%) se fundamenta na posição da doutrina de exigir de seus seguidores a 'fé raciocinada', aliás comprovada e bem-identificada no perfil que a pesquisa traça de cada grupo religioso, indicando que a preferência pelo espiritismo aumenta de acordo com o nível de escolaridade. Parabéns por esse trabalho científico, que diz bem mais que as crônicas (sem ironias, gosto muito de todas) dos mestres Jabor, Marcelo Coelho e principalmente uma escrita há meses atrás pelo magnífico Josias de Souza, um autêntico tratado de sociologia que concluía em um dos seus últimos parágrafos que 'Edir Macedo somos nós'. Ainda bem que não é verdade. Ainda bem que existe um trabalho como esse para ajudar a gente a raciocinar."
Jurilande Aragão Silva (Rio Branco, AC)

Contradição
"Nas últimas décadas, o governo brasileiro, visando incentivar o chamado 'desenvolvimento da tecnologia nacional' e alegando preservar a soberania, gastou verdadeiras fortunas em projetos como o do Proálcool, do submarino nuclear, dos aviões AMX, dos satélites, entre outros. Alguns empreendimentos serviram realmente para tal propósito enquanto outros não passavam da compra, a peso de ouro, de tecnologia estrangeira ultrapassada, como no caso das usinas nucleares de Angra. Justamente agora que o objetivo de capacitar as empresas brasileiras como fornecedoras de tecnologia de ponta para o mercado interno e, inclusive, internacional, foi plenamente atingido e numa época em que urgem medidas geradoras de emprego, o governo planeja entregar um projeto da envergadura do Sivam a uma empresa estrangeira. A manutenção do contrato com a Raytheon, quando existem empresas nacionais com plena capacidade para fornecer o sistema, é um verdadeiro crime contra o país e somente reforça a idéia de que haverá gordas compensações para os envolvidos."
Lauro Ney Batista (São José dos Campos, SP)

Romi-Isetta
"A propósito do comentário do jornalista Gilberto Dimenstein, que cita a Romi-Isetta em sua coluna do último domingo na Folha, talvez valesse a pena lembrar que neste ano completa-se o centenário de nascimento do comendador Américo Emílio Romi, o empresário sonhador que concebeu as Indústrias Romi, em Santa Bárbara d'Oeste. Emílio Romi morreu em 59. Não pôde ver o presidente JK, em 60, entrar na nova capital federal, Brasília, numa Romi-Isetta, que neste 96 completaria 40 anos."
Roberto Romi Zanaga (Santa Bárbara d'Oeste, SP)

Incoerência
"Manifesto minha indignação pela incoerência da Folha em seu editorial de 8/1, criticando, com toda razão, a 'estrangeirização' do país, mais especificamente a onda de slogans publicitários em inglês, sendo que na mesma edição circulava, para todo o Brasil, o caderno Folhateen."
Henrique Mauricio Campos (Goiânia, GO)

Inteligência em falta
"Quando o ombudsman escreve (31/12) que '...aos jornais brasileiros falta inteligência' não me surpreende. Tenho comentado, aqui na minha ilha-província de Vitória, entre companheiros, a respeito disso. Mas quando esse 'delicado' assunto está registrado num jornal do porte da Folha, por meio da palavra do seu ombudsman, então minha alma se eleva ao céu da recompensa, mas, também, me evoca a preocupação. A imprensa reagirá? Vai pensar, investigar etc.? A imprensa que 'julga' a tudo e todos, quem a julgará? Os jornalistas parecem muito engordurados pela vaidade da liberdade, democracia conquistada, essa bobagem de quarto poder... para reunirem-se em sinceridade diante dos seus objetivos, ideais e, naturalmente, a inteligência do leitor. O leitor existe! À declaração do ombudsman de falta de inteligência da imprensa brasileira junte a burrice de parcialidade na avaliação 'nacional', o egocentrismo carioca/paulista -os chamados 'grandes jornais' parecem imaginar que o Brasil está situado entre Acari (Rio) e o ABC (SP). Quando a imprensa buscará um confessionário?"
Marien Calixte (Vitória, ES)

Publicidade
"Muito engraçada essa campanha do Conar contra a mentira e a manipulação na propaganda... O pressuposto básico da publicidade -convencer o 'público alvo' de que existe um mundo ideal em meio a uma realidade imperfeita, sempre abaixo de suas reivindicações- já não é mentira e manipulação? Isso é reconhecido, mesmo que implicitamente, nas declarações dos publicitários mais honestos (e bem-sucedidos). O padroeiro da publicidade é o dr. Goebbels."
Oswaldo Venudo Júnior (São Paulo, SP)

Protesto
"A Folha nunca fez e tenho certeza que nunca fará o que a Globo está fazendo com Alexandre Garcia. Desde julho do ano passado o novo diretor de jornalismo da Rede Globo vem perseguindo o comentarista e repórter Alexandre Garcia. Estão linchando o profissional em questão. Estou profundamente revoltada e indignada. Gostaria de vê-lo todos os dias, ele que é o melhor repórter da televisão."
Emilie Taub (São Paulo, SP)

Boas festas
A Folha retribui as mensagens de boas festas que recebeu de: Kito Junqueira, deputado estadual (São Paulo, SP); Vanderlei Macris, deputado estadual (São Paulo, SP); Vitor Sapienza, deputado estadual (São Paulo, SP); Nicola Lucínio Sobrinho, prefeito, e Florisvaldo Antonio Fiorentino, vice-prefeito de Ibitinga (Ibitinga, SP).

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