São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 1996
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Confrontos entre fazendeiros do RS e sem-terra deixam quatro feridos

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Quatro pessoas foram feridas a tiros ontem em dois conflitos entre fazendeiros e trabalhadores sem terra no Rio Grande do Sul.
O secretário estadual da Justiça e da Segurança, José Fernando Eichenberg, fez um apelo aos dois lados para que "não radicalizem as posições". Haverá reforço do policiamento na zona rural.
O fazendeiro Dauri Coutinho Neto e dois seguranças do Sindicato Rural (patronal) de Camaquã (RS), Paulo Rogério Borges e Jandir Dias, disseram à polícia que foram atacados por um grupo de 20 agricultores, à 1h, perto do acampamento dos sem-terra.
Coutinho Neto levou um tiro de arma de caça no pescoço e Borges foi ferido na perna, possivelmente por um disparo de revólver calibre 38. Eles não correm risco de vida.
Um dos líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Estado, Dionilson Marcon, acusou o proprietário: "Os fazendeiros começaram a atirar contra o acampamento. Nossos companheiros se defenderam".
No município de Júlio de Castilhos (RS) ocorreu um tiroteio entre agricultores acampados na fazenda Santa Antão, invadida nesta semana, e proprietários rurais. O fazendeiro Vandré Teixeira levou um tiro na perna. A trabalhadora Maria Madalena Rodrigues levou um tiro na mão. Ambos estão bem.

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