São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 1996
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Funai tenta acordo com índios para obter a libertação de cinco reféns

ESTANISLAU MARIA

ESTANISLAU MARIA; FÁBIO ZANINI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM (PA)

O presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Márcio Santilli, se reúne hoje à tarde em Belém (PA) com os líderes dos índios que estão usando cinco funcionários da entidade como reféns na reserva do Alto Rio Guamá (300 km a leste de Belém).
Avião da Funai vai buscará dez lideranças indígenas na reserva, que fica na divisa do Pará com Maranhão. Os índios concordaram em levar apenas uma refém.
"O presidente da Funai está disposto a ir a Belém, mesmo que os índios se recusem a libertar todos os reféns", disse Edson Luiz Ferreira, coordenador de assuntos externos do órgão.
"A palavra da Funai, de iniciar as negociações, será cumprida de qualquer forma", disse Ferreira. No final da tarde de ontem, Santilli tentava contato com os índios para pedir a libertação dos reféns.
Os cerca de 700 índios fizeram os funcionários como reféns na terça-feira para pressionar a entidade a retirar da reserva os fazendeiros, madeireiros, pequenos agricultores e plantadores de maconha que invadiram a área.
Eles ficaram no posto Canindé com os índios, a maioria da tribo tembé. Também havia timbiras, urubu-caapós, guajajaras e awá-guajás. Dois líderes de cada devem estar hoje em Belém.

Colaborou FÁBIO ZANINI, da Agência Folha

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