São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 1996
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Prefeito erra ao marcar o seu ponto eletrônico

CLAUDIO AUGUSTO
DA REPORTAGEM LOCAL

No primeiro mês de funcionamento do ponto eletrônico, o prefeito de São Paulo, Paulo Maluf (PPB), só registrou os horários de entrada e saída nove vezes.
No dia 11 de dezembro, quando o relógio eletrônico foi instalado em algumas repartições da prefeitura, Maluf disse que faria questão de marcar o ponto para servir de exemplo ao funcionalismo.
Maluf esteve fora do Brasil, no Caribe, entre 22 de dezembro e 2 de janeiro.
Tendo como base os dias em que ele registrou o ponto corretamente, sua carga horária média de trabalho é de 7 horas e 55 minutos.
O assessor de imprensa de Maluf, o jornalista Adilson Laranjeira, afirmou que o relógio eletrônico não reflete a carga horária de trabalho do prefeito.
"Muitas vezes, ele vai vistoriar obras antes de vir ao gabinete", disse Laranjeira. "Ele também sai para reuniões fora da prefeitura."
Balanço
O secretário municipal da Administração, Marcelino Romano Machado, afirmou que o primeiro mês de funcionamento do ponto eletrônico serviu para ajustar o sistema. A prefeitura manteve o livro de ponto neste período.
A partir de 1º de fevereiro, cerca de 10 mil dos 129 mil funcionários da prefeitura terão sua presença controlada eletronicamente.
Os funcionários terão que marcar o ponto quatro vezes: na chegada, na saída e na volta do almoço e no fim do expediente.
Isso reduz, segundo o secretário, a possibilidade de alguém se ausentar por muito tempo do seu local de trabalho. Haverá fiscais nos relógios para evitar que uma pessoa registre mais de um crachá.

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