São Paulo, sexta-feira, 19 de janeiro de 1996
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Maluf não fala sobre assunto

LUÍS HENRIQUE AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O assessor de imprensa de Maluf, Adilson Laranjeira, disse ontem que o prefeito não vai se manifestar sobre o pedido de inquérito policial até tomar ciência oficial sobre ele.
Procurado ontem, o superintendente comercial da Rede Globo, Otávio Florisbal, não atendeu a reportagem. Sua secretária disse que ele estava viajando.
Na época em que Folha noticiou o fato, a prefeitura afirmou que pagou à Globo porque ela teria a exclusividade da "marca" da maratona "junto à Federação Internacional de Atletismo".
Disse também que o pagamento foi referente à organização da prova e que a emissora tinha transmitido o evento por vontade própria.
Além da ação criminal, tramitam na Justiça duas ações civis contra Maluf. Elas foram movidas, respectivamente, pelos vereadores petistas Adriano Diogo e Martins Cardozo, e pelo administrador de empresas Jair Vieira Leal.
As ações afirmam que o prefeito usou a maratona para fazer propaganda pessoal e de sua administração, usando dinheiro público.
A partir dessa ação, o juiz Wilson Gomes de Melo, da 4ª Vara da Fazenda Pública, deu uma liminar determinando que o prefeito Maluf devolvesse aos cofres públicos o dinheiro pago à Globo.
O juiz também determinou que a organização da maratona desse ano seja suspensa até o julgamento final da ação.
(LHA)

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