São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 1996 |
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Congresso é novo lugar de embate
GEORGE ALONSO
Foi isso, segundo José Dirceu, presidente do PT, que ficou acertado entre a cúpula petista e a central em encontro de seus líderes, anteontem. O PT exige a manutenção da aposentadoria por tempo de serviço e da aposentadoria proporcional, pontos que arranharam o relacionamento entre a CUT e o PT, embora, conforme revelou a Folha, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, tenha aceitado o acordo depois de conversar com Dirceu. O PT avalia que a aposentadoria por tempo de contribuição atende apenas aos trabalhadores organizados e abre um flanco para a privatização da Previdência. O partido afirma que há perto de 30 milhões de trabalhadores informais, que não contribuem para o sistema. "Vamos ver os termos reais do protocolo quando o relator da emenda, Euller Ribeiro (PMDB-AM), der seu parecer sobre cada ponto. Queremos avançar em novos pontos, além da proposta já negociada pela CUT"', disse Dirceu. Foi tenso, anteontem à tarde, o encontro da direção nacional do PT com Vicentinho, a vedete do acordo com o governo. Antes da chegada do sindicalista, várias lideranças do partido o acusavam de traição. O líder máximo do partido, Luiz Inácio Lula da Silva, amigo do presidente da CUT, se encarregou de esfriar os ânimos. Reafirmou o papel de Vicentinho na CUT e no PT e optou pela saída predileta dos petistas após o entendimento: acusou o governo de divulgar um acordo que não teria existido. Resolução da esquerda do partido que acusava Vicentinho de "grave equívoco político" acabou derrotada. Ao fim da reunião, tudo parecia recolocado em seu lugar. Vicentinho não abriu mão do acordo que fez e continuou afirmando que há conquistas que devem ser defendidas. O PT, por seu turno, mantém a defesa da aposentadoria por tempo de serviço. Mesmo com propostas distintas, PT e CUT afirmam que continuam juntos. Texto Anterior: O PT CONTRA FHC Próximo Texto: Ciro e seu guru buscam novo eixo de poder Índice |
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