São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 1996 |
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Ford prevê exportação de US$ 1 bi este ano
ARTHUR PEREIRA FILHO
Para o período 96-99, a montadora prevê investimentos de US$ 2,2 bilhões e uma balança equilibrada, com importações e exportações na casa dos US$ 4 bilhões. Os números constam do pedido de habilitação ao regime automotivo brasileiro, entregue pela montadora ao governo no dia 10. A Ford foi a primeira a fazer o pedido. Essas metas precisam ser aprovadas pelo governo para que a montadora se beneficie dos incentivos criados pela nova política industrial do setor automobilístico. As montadoras que aderirem ao novo regime vão poder importar matérias-primas, peças e veículos prontos com Imposto de Importação reduzido. As matérias-primas e peças poderão ser importadas com alíquota de 2%. Os veículos pagarão imposto de 35%, metade da alíquota em vigor (70%). Mas, em compensação, as empresas vão ter de gerar exportações nos mesmos níveis das importações efetuadas. Segundo Célio Batalha, diretor de Comunicação e Assuntos Governamentais da montadora, a empresa saiu na frente por causa do programa de globalização, que começou a ser implantado no país no ano passado. Ou seja, as peças, componentes e veículos produzidos aqui serão iguais aos fabricados nos demais mercados onde a montadora está presente. "A Ford quer assumir a liderança do mercado mundial no ano 2000 e o Brasil faz parte dessa estratégia", diz Batalha. A empresa espera que o plano seja aprovado pelo governo até o final do mês. Somente a partir daí a montadora poderá se beneficiar da redução de alíquotas e dos demais incentivos do programa. Batalha diz que, no ano passado, as empresas do grupo exportaram peças e veículos no valor de US$ 700 milhões. "Desse total, mais de 60% das vendas foram feitas para a Argentina", afirma. Para atingir esse resultado, a Ford conta, em abril, com o início da fabricação do Fiesta no Brasil. Parte da produção, segundo Batalha, será destinada a países da América do Sul. A produção de motores e transmissões, na fábrica de Taubaté (SP), também dará impulso às exportações, diz Batalha. Ele não revela o número de unidades que serão exportadas. Texto Anterior: Brasil sela acordo de carros com Argentina Próximo Texto: Fiat argentina assina acordo coletivo inédito Índice |
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