São Paulo, segunda-feira, 22 de janeiro de 1996
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Século asiático

A projeção da Associação de Comércio Exterior do Brasil de que em dois ou três anos as exportações do país para o Sudeste Asiático poderão superar as vendas com destino aos Estados Unidos é mais uma mostra do surpreendente dinamismo da região oriental.
Ainda que o Japão se encontre atualmente em dificuldades, com a economia estagnada e problemas no setor financeiro, os chamados Tigres Asiáticos continuam a exibir elevadas taxas de crescimento. O fato mais recente e impressionante, entretanto, continua a ser o vigor da economia chinesa.
Apesar de um deplorável autoritarismo político, o país parece conseguir mobilizar forças produtivas em uma velocidade inigualável. Assim, não só a nação mais populosa do planeta mantém uma elevada demanda por importações, como tem sido capaz de inundar o mercado internacional com toda sorte de produtos de consumo a preços inimaginavelmente baixos.
Quando até há pouco dizia-se que os próximos cem anos seriam o século asiático, pensava-se principalmente nos sucessos que o Japão vinha acumulando. É claro que em termos absolutos o país segue como líder inconteste. O valor do PIB japonês é cinco vezes o da China. Mas isso pode mudar, se a perspectiva for de algumas décadas.
Seja japonês, chinês, devido aos Tigres ou a toda região, o dito século asiático parece de fato cada vez mais próximo.

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