São Paulo, sexta-feira, 26 de janeiro de 1996 |
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PMDB e PFL se dividem sobre participação
LUCIO VAZ
Nos bastidores, a cúpula do PMDB avalia que o presidente Fernando Henrique pode sofrer abalos em sua base no Congresso já nas próximas votações se os ministros atuarem nas campanhas. Já o líder do PFL na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), disse que seria "um absurdo" os ministros ficarem fora dos palanques. Anteontem, o ministro Sérgio Motta (Comunicações) disse apoiará candidatos tucanos. Ontem, FHC liberou a participação dos ministros. Motta já havia defendido a participação de "companheiros do governo", em 7 de dezembro do ano passado. O presidente nacional do PMDB, deputado Paes de Andrade (CE), disse que os ministros de FHC "vão encontrar uma mesa para despachos" quando subirem nos palanques. No último dia 15, após almoço com FHC, Paes disse o presidente pretendia manter seus auxiliares longe da campanha. A versão foi desmentida no dia 18 por lideranças do PSDB e, no dia 19, pela assessoria de FHC. No dia 20, o governador do Rio, Marcello Alencar (PSDB), deu versão coincidente com a de Paes. "No pé do palanque estarão recebendo listas de pedidos e reivindicações. Poderão recusar, mas sofrerão um grande constrangimento", acrescentou Paes de Andrade. Inocêncio tem outra posição: "Eles (os ministros) fortalecem o processo eleitoral, os partidos e a democracia. Além disso, vão tomar contato com um Brasil real". O PMDB rejeita ministros na campanha porque os tucanos têm mais destaque no governo. Além de Motta, José Serra (Planejamento) e Paulo Renato Souza (Educação) atuam em áreas estratégicas. Já os peemedebistas Nelson Jobim (Justiça) e Odacir Klein (Transportes) contam com poucos recursos. Colaborou a Redação Texto Anterior: ACM recebeu favores do governo para apoiar Sivam, afirma Frota Próximo Texto: Polícia prende 4 líderes dos sem-terra Índice |
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