São Paulo, sexta-feira, 4 de outubro de 1996
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Maluf se fortalece e parte para ataque contra reeleição de FHC

JOSIAS DE SOUZA; CLÓVIS ROSSI
DA REDAÇÃO

Com Celso Pitta (PPB) no segundo turno e com a derrota de José Serra (PSDB) em São Paulo, o prefeito Paulo Maluf decidiu abrir ontem mesmo suas baterias contra o projeto de reeleição de Fernando Henrique Cardoso.
Maluf quer empurrar a votação da emenda para 97. E pretende impedir que FHC se beneficie dela.
O Brasil que sai das urnas também deve trazer novos fatores de pressão na composição da base de sustentação do atual governo.
"Objetivamente, não poderia existir essa disputa. Mas subjetivamente existe, porque há uma ciumeira danada do PSDB em relação ao PFL", diz o líder pefelista na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE).
Outro cacique do PFL, Antonio Carlos Magalhães, acha que FHC pode comemorar vitória nesta eleição se somar os votos do PSDB com os do PFL. Mas avisa: "É um equívoco pensar que o PFL aceita tudo em função de um projeto do presidente".
Segundo os cálculos de ACM, sem o PFL, o resultado das urnas desta eleição municipal teria sido pouco menos que desastroso.
Mas o PSDB também faz suas contas. Arthur Virgílio, secretário-geral do partido, acha que o PSDB salta de 370 prefeitos para entre 1.000 e 1.200 e "se adensa nas 250 maiores cidades".
Mas Virgílio reconhece que seu rival/aliado cresceu. E provoca: "Fica para eles o grande desafio de nos vencer no Sudeste. Por mais que se melindrem, vamos com tudo para o segundo turno no Rio de Janeiro".
(JOSIAS DE SOUZA e CLÓVIS ROSSI)
Esp. 7 e 9

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