São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996 |
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Segurança é baleado em tentativa de assalto
OTÁVIO CABRAL
Depois de balearem o vigia, os quatro assaltantes foram cercados pela PM. Houve troca de tiros e dois acusados de participar da quadrilha foram presos. Os outros dois conseguiram escapar. A empresa de segurança assaltada fica exatamente ao lado da escola particular de primeiro e segundo graus SAA. Na hora do tiroteio, por volta das 9h20, todos os alunos da escola estavam dentro das salas de aula. Mas o barulho dos tiros assustou os estudantes (leia texto ao lado). Metralhadora Segundo funcionários da Empresvi, os quatro homens estavam armados com uma metralhadora 9 mm, duas pistolas e um revólver. "Eles pegaram três reféns e subiram ao segundo andar perguntando onde estava o cofre", contou o segurança José Antônio Conceição dos Santos, 22, um dos reféns. Santos abriu o cofre, onde havia apenas cheques e vales-transportes. "O pagamento da maioria dos funcionários foi na sexta-feira, por depósito bancário. Por isso, não havia dinheiro", afirmou Santos, que foi espancado pelos ladrões. Enquanto a quadrilha estava no segundo andar, outro segurança, Edival Alexandre da Silva, conseguiu sair da empresa e ligar para a polícia, que chegou cerca de dois minutos após a ligação. Vendo a chegada da PM, os assaltantes teriam começado a atirar. Duas balas acertaram José Pereira Barbosa -uma no ombro e outra na cabeça. Ele foi operado no hospital do Mandaqui. Às 19h de ontem, seu estado era grave. Dois homens conseguiram pular o muro da Empresvi e fugir em um Santana azul, que estava parado na rua atrás da empresa. O pedreiro Anderson Fernandes, 24, e o mecânico Délson Matos da Silva, 32, foram presos dentro da empresa e apontados pela polícia como integrantes da quadrilha. Eles negaram a participação no crime, mas foram reconhecidos pelos três reféns. Segundo os reféns, os bandidos aparentavam estar drogados e ameaçaram matá-los caso a polícia invadisse a empresa. "Atiraram em mim, mas a bala acertou na parede", disse a copeira Edileuza Alves Santos, 32. Pagamento O vigia baleado trabalhou durante a madrugada de ontem em um condomínio em Santana. Ontem de manhã, Barbosa, que trabalha na Empresvi há 10 meses, foi à empresa apenas para buscar seu cheque de pagamento -R$ 580,00. Texto Anterior: Usuária pede limpeza em ônibus de SP Próximo Texto: Secretário analisa pedido de controle do MP Índice |
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