São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996
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Presos confessam sequestro e morte de construtor

DA FT; DA REPORTAGEM LOCAL

A Deas (Delegacia Especializada Anti-Sequestro) prendeu ontem três acusados de sequestrar e matar o empresário Antônio Alves Barril, 68, dono da Construtora Barril.
Segundo a polícia, os três confessaram ter matado o empresário no mesmo dia do sequestro, 29 de abril deste ano.
O corpo de Barril teria sido enterrado em Mairiporã (Grande São Paulo). A polícia deve divulgar o nome dos sequestradores só hoje.
Barril foi sequestrado às 20h30, quando saía do dentista, na praça Silvio Romero, no Tatuapé (zona leste de São Paulo). Não houve testemunhas.
Três horas depois, os sequestradores ligaram para a família. Disseram onde estava o Audi do empresário e a chave do carro.
O veículo foi encontrado no local indicado, na rua Ramos de Azevedo, em Guarulhos (Grande SP).
No carro, os familiares encontraram um bilhete escrito em computador que pedia R$ 5 milhões de resgate e que a imprensa e a polícia ficassem afastadas do caso.
A família negociou, mas nunca obteve dos sequestradores uma prova de que Barril estivesse vivo.
Foram pagos três resgates -o primeiro de aproximadamente R$ 200 mil, o segundo de 100 mil e o terceiro de R$ 60 mil.
O empresário acabou não sendo libertado, e os contatos com os sequestradores foram interrompidos em julho.
No início de agosto, a família chegou a fazer um apelo, por meio da imprensa, para que os sequestradores voltassem a negociar.
Na época, a Delegacia Anti-Sequestro já trabalhava com a hipótese de que o empresário estivesse morto.

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