São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996 |
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Câmara prioriza projetos de não reeleitos
RICARDO FELTRIN
O objetivo é votar "a toque de caixa" na próxima semana cerca de 170 projetos -dando prioridade às propostas de vereadores que não foram reeleitos. Atualmente há cerca de 1.600 projetos em condições de votação. São projetos que já receberam o OK das sete comissões permanentes da Câmara. Este ano, foram realizadas 16 sessões de votação em São Paulo -incluindo duas convocadas por Maluf durante o recesso de julho. Os vereadores só trabalham em plenário três dias por semana, segundo acordo interpartidário. José Viviani Ferraz (PL), reeleito, participou ontem da reunião que contou com a presença de vereadores -os atuais e alguns recém-eleitos- do PPB, do PL, do PTB e do PFL -partidos que apóiam o prefeito Paulo Maluf. O malufista Jooji Hato (PMDB) também participou do encontro. Os projetos dos parlamentares que não se reelegeram deverão ser os primeiros a ser votados, segundo a tradição da Casa. Segundo o presidente da Câmara, Brasil Vita (PPB), esse tipo de homenagem não é uma "regra geral". No entanto, ele afirmou que isso poderá acontecer, de acordo com a decisão dos líderes. Ontem, em discurso de quase 30 minutos, Vita homenageou os 17 vereadores derrotados. A cada um deles, o vereador dedicou um adjetivo -inclusive aos inimigos petistas. Ele elogiou a "lógica" de Maurício Faria (PT), a "erudição" de Murillo Antunes Alves (PMDB), o "caráter" de Oswaldo Sanches (PPB), a "dignidade" de Tereza Lajolo e a "veemência" de Odilon Guedes (PT), entre outros. Pauta "dividida" Os líderes devem decidir que cada um dos 55 parlamentares terá direito a escolher três projetos. O líder do PPB, Hanna Garib, por exemplo, já escolheu suas propostas. Ele quer pôr em votação o projeto que obriga farmácias a medirem a pressão arterial gratuitamente, o que obriga condomínios a terem hidrômetros individuais (por apartamento) e quer conceder uma medalha Anchieta a um desembargador de São Paulo. "É uma velha promessa", disse o líder do PPB sobre a proposta de homenagem. Na atual Legislatura, 41,2% dos projetos concediam medalhas, títulos, davam nomes de ruas ou criavam datas comemorativas. Novas votações em ritmo de "esforço concentrado" devem ocorrer até dezembro. Texto Anterior: Secretário estuda controle da polícia por promotor público Próximo Texto: Presidência gera disputa no PPB Índice |
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