São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996
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Poupança reage e fundos cobram menos

GABRIEL J. DE CARVALHO
DA REDAÇÃO

Outubro, como era esperado, marca mudança importante nas aplicações financeiras: a poupança, mais competitiva, está revertendo a fase de perdas, enquanto muitos fundos começam a diminuir suas taxas de administração.
Dados do Banco Central mostram que as cadernetas tiveram captação líquida positiva (depósitos maiores que os saques) de R$ 131,5 milhões no dia 1º.
No primeiro dia útil de setembro, a captação também foi positiva, mas apenas na rural, em R$ 116,5 milhões. O SBPE (bancos que operam carteiras imobiliárias) perdeu R$ 17,1 milhões.
No último dia 1º, a captação foi positiva tanto na rural (R$ 126,7 milhões) quanto no SBPE (R$ 4,8 milhões).
Fábio Nogueira, diretor de crédito imobiliário e poupança do Boston, confirma a reação e diz que o movimento de depósitos é forte, algo como 2% ao dia de captação positiva em sua instituição.
Para fazer frente à maior competitividade da poupança, muitos fundos estão cortando suas taxas de administração, ou seja, o que eles cobram para tomar conta e aplicar o dinheiro dos cotistas.
O Banco Real, informa o diretor Walter Brasil, reduziu a taxa (anual) de 4% para 3%, a de 3% para 2%, a de 1,5% para 1%, e a de 0,5%, para 0,3%. Esse corte, diz ele, está relacionado não só ao maior fôlego da poupança, mas também ao patamar mais baixo da inflação e dos juros nominais.
Os fundos do Bradesco ainda mantêm suas taxas inalteradas, mas a Folha apurou que em breve a instituição deverá se adequar à nova conjuntura do mercado.
O Banco do Brasil, diz Evandro Lopes, superintendente de mercado de capitais, é exceção entre os grandes. Não muda porque as taxas são baixas. No FIF 60 DI, é de 1% ao ano, e no FIF 60 que abrigou os antigos commodities, de 2%.

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