São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Administração faz a diferença
GABRIEL J. DE CARVALHO
Até junho, o redutor aplicado aos juros médios dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário) era de 1,3%. Caiu 0,05 ponto de julho a setembro. De outubro a dezembro o corte será de 0,10 ponto por mês. É de 1,05% e chegará ao final do ano em 0,85%. Quanto menor o redutor, maior a TR e, consequentemente, a poupança, que rende TR mais 0,5% ao mês e não é tributada por Imposto de Renda no saque. Nos fundos de renda fixa, a carteira é muito parecida, recheada basicamente por títulos públicos. O que faz diferença é a taxa de administração (anual, mas descontada no valor das cotas a cada dia útil), e nos FIFs de 30 dias, o compulsório não-remunerado de 5%. Na comparação com a poupança, influi também o imposto de 15% sobre o rendimento bruto quando cotas são resgatadas. Os fundos vinham ganhando da poupança desde o final do ano passado, mas agora, para concorrer com ela, a única saída é reduzir a taxa de administração (ver quadro acima). Mantida fixa, a taxa pesa cada vez mais no bolso do investidor quando os juros caem. Os chamados bancos de atacado, que têm menor rede de agências e clientela mais selecionada, não devem alterar muito suas taxas, que em geral já são baixas, inferiores a 2% ao ano. Nos bancos de varejo, entretanto, com vasta rede de agências e milhões de clientes, as taxas ainda são relativamente altas, chegando a 6% ao ano nos FIFs de 60 dias que receberam o dinheiro dos antigos commodities. (GJC) Texto Anterior: Poupança reage e fundos cobram menos Próximo Texto: FGV registra maior deflação desde 1944 Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |