São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996
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É hora de rever 'Nico'

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Há mais de um motivo para voltar atrás e reconhecer, talvez, que "Nico Acima da Lei" (1988) é um filme mais interessante do que se podia acreditar quando de seu lançamento.
A princípio, tudo é convenção em "Nico": o tira durão, a CIA, as drogas, as artes marciais. E há o estranho herói, Steven Seagal.
Em seguida, temos de lembrar que Andrew Davis dirigiu "O Fugitivo", um bom filme que, no mais, cresce a cada revisão.
Por fim, ao próprio Seagal vai ficando impossível negar o apelo, que talvez venha de seu jeito esquisito, ou de um rosto que parece produzido em alguma operação plástica.
No recente "Momento Crítico", por exemplo, seu personagem desaparece com dez minutos de projeção, mais ou menos. O filme desaba, e o público passa o resto da projeção esperando por uma ressurreição de Steven.
A possível revisão de "Nico, Acima da Lei" (e outros filmes de Andrew Davis) ilustra também os mil preconceitos que permeiam a visão de um filme.
Mesmo que Andrew Davis esteja em evolução, é difícil negar que seus trabalhos anteriores a "O Fugitivo" possuem uma limpidez de imagem e uma eficácia de mise-en-scène a considerar. Não podem ser desprezados só por causa das porradas.
(IA)

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