São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996 |
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Estilista belga causa estrondo em Paris
ERIKA PALOMINO
Van Noten proporcionou outra vez uma experiência de moda a seus convidados, sentados em enormes fileiras, armadas sobre chão de areia. As modelos saíam lá de trás, também pisando na areia com suas sandálias baixas de dedo. Vestiam peças sempre sobrepostas, sempre coloridas, sempre leves; com silhueta etérea e esguia. Musseline, algodão e um pouco de tricô nos cardigãs são as bases de uma coleção feminina e com muitas estampas. Os delicados motivos são flores e geométricos. O look: olho dramático e intenso, com cabelos emplastrados em coque, com efeito de lama. Uma inspiração militar aparece relaxada, nas túnicas (peça-chave de van Noten) e blazers. De resto, o tom é algo étnico. Ao final, as modelos se alinharam ao fundo do galpão, no lado oposto aos fotógrafos para, juntas, caminhar na horizontal em direção a eles, atravessando pelo meio das cadeiras do público. Neste momento, a trilha sonora, imitando um trem, contribuiu para levar o público à loucura. O desfile seguinte, da maison Christian Dior, teve como atrativo o fato de ser a despedida do estilista Gianfranco Ferré, que deixa seu lugar para John Galliano -fora da Givenchy, em lugar a ser ocupado por Alexander McQueen. Ferré anunciou clássicos de seu estilo junto a Dior, mas não trouxe emoção. A melhor parte foram os vestidos de noite com detalhes em brilho, revelando pernas, seios e braços. Ferré parte bem na hora, ao que parece. Texto Anterior: É hora de rever 'Nico' Próximo Texto: Menções a drogas são cortadas de vídeos sobre os Beatles Índice |
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