São Paulo, quarta-feira, 9 de outubro de 1996
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Itu começa a gastar dinheiro eletrônico

LUCIA REGGIANI
DA REPORTAGEM LOCAL

Restaurantes, táxis, lojas de suvenires, vários outros estabelecimentos comerciais e seus clientes começam a experimentar o dinheiro eletrônico em Itu (92 km a noroeste de São Paulo).
Os pagamentos são feitos por meio do smart card, um cartão de plástico, como o de crédito, com um processador interno que "guarda" o dinheiro e atualiza o saldo a cada transação.
O sistema, implantado pelo Bradesco há uma semana, conta com cinco máquinas, instaladas em locais estratégicos, que emitem automaticamente os smart cards.
O cartão é gratuito para clientes e não-clientes do banco. Carrega quanto dinheiro o usuário quiser, embora tenha sido idealizado para pequenos pagamentos.
Para pagar um cafezinho, basta passar o smart card pela máquina do bar. Ela saca o valor do cartão do cliente e armazena os recebimentos do comerciante.
Depois, o lojista transfere o que recebeu da máquina para um cartão de depósito. Esse crédito é descarregado na máquina da agência, registrado on line na conta e pode ser sacado imediatamente no caixa automático comum.
O sistema foi desenvolvido pela portuguesa Papelaco. O cartão é produzido pela Gemplus.
Segundo Odécio Grégio, diretor técnico do Bradesco, o smart card está conquistando os comerciantes por eliminar os problemas de troco e o manuseio de dinheiro.
Para o consumidor, o risco de perda com o smart card é pequeno. "Ele perde no máximo R$ 100, que é o limite de gastos sem ter de digitar a senha", diz Grégio.
Nesta semana, o banco deve implantar o smart card nos ônibus de Itu. O projeto para a cidade engloba 30 mil cartões, 300 máquinas e 5 postos de carga.
(LR)

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