São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996 |
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José Carlos teme ser morto
DANIELA PINHEIRO
Com a aposentadoria cassada (recebia R$ 5.000 como funcionário do Senado), sua preocupação imediata é recuperar esse dinheiro para que seus três filhos (Adriana, 27, Eduardo, 24, e Rodrigo, 11) não passem por necessidades. Segundo a defesa, foram arquivados inquéritos sobre corrupção passiva, tráfico de drogas, posse de dólares falsos, estelionato e condução de casa de prostituição. Hoje, José Carlos responde a um processo civil de improbidade administrativa (o que mantém seus bens sequestrados) e outro pelo assassinato da mulher, Ana Elizabeth Lofrano, em 1992. A expectativa da defesa é que o julgamento só aconteça em maio de 1997. A acusação de ter mandado matar a mulher -que ele nega- é que o mantém preso numa sala de 80 m2 do 3º Batalhão da PM de Brasília. José Carlos poderia aguardar o julgamento em liberdade, mas tem medo de ser morto na rua. Na prisão, passou a ler a Bíblia e receber visitas de evangélicos: "Não me converti", ressalva. Não gosta de falar sobre a CPI do Orçamento: "Foi uma farsa". Sua rotina se alterna entre o estudo do processo sobre a mulher e uma atividade caseira: cozinhar para a família. Nos fins-de-semana, testa receitas do livro "A Boa Mesa" e chama os filhos para almoçar. (DP) Texto Anterior: Para entender o caso Próximo Texto: João Alves vive recluso na Bahia Índice |
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