São Paulo, terça-feira, 15 de outubro de 1996
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Alemanha dá nota melhor ao Brasil

Risco é menor com Real, diz vice-ministro

ANTONIO CARLOS SEIDL
ENVIADO ESPECIAL A DRESDEN (ALEMANHA)

O vice-ministro da Economia da Alemanha, Heinrich Kolb, abriu ontem a 23ª Reunião da Comissão Mista Brasil-Alemanha de Cooperação Econômica, em Dresden, no Estado da Saxônia (ex-Alemanha Oriental).
Após uma análise sobre o desempenho da economia brasileira na fase pós-Real, o governo alemão considerou menor o "risco Brasil" no comércio bilateral.
A Alemanha classifica o risco por países em cinco categorias. O Brasil foi elevado da categoria quatro para a três, pela primeira vez, onde se junta à Argentina e ao México.
O efeito prático é a redução do custo das exportações alemães para o Brasil porque significa a redução do prêmio de seguro, com os riscos das transações garantido pelo governo alemão, para a compra de produtos alemães por importadores brasileiros.
É o chamado "seguro Hermes", uma referência ao nome da empresa de seguros Hermes, que assessora o governo alemão na área de avaliação dos riscos das transações de comércio exterior.
"O risco Brasil aos poucos se transforma em oportunidade Brasil", disse à Folha Kolb.
Para ele, a redução do "risco Brasil" se deve ao bom desempenho da economia e da inflação, à abertura comercial e ao pagamento em dia da dívida externa.
Kolb previu a elevação do Brasil para a categoria dois "em breve".

O jornalista Antonio Carlos Seidl viajou à Alemanha a convite da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha)

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