São Paulo, quinta-feira, 17 de outubro de 1996
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Roth conta sua vida de garoto de programa

MARILENE FELINTO
EM NOVA YORK

O estreante Phillip Roth, 32, selecionou o que considera os três fatos mais importantes de sua vida -ser judeu, gay e homônimo do escritor americano Phillip Roth- e montou um "documentário autobiográfico".
"I Was a Jewish Sexworker" ("Eu Fui um Garoto de Programa Judeu") narra com crueza a crise de identidade de um Roth que tenta integrar sua homossexualidade a sua origem familiar e também religiosa.
Folha - Seu filme tem sido considerado corajoso. Você quis chocar?
Phillip Roth - Na verdade, não. Eu apenas sentia uma urgência de fazer o filme e lidar com esse assunto. Eu não penso muito em qual vai ser a reação do público.
Folha - Seus parentes sabiam que apareceriam num filme como esse?
Roth - Não, porque nem eu sabia como seria o filme. Minha mãe e minhas tias assistiram o filme depois de pronto. Meu pai se recusou a ver. Minhas tias adoraram, para surpresa minha. Minha mãe foi mais reservada. Ela não disse se gostou ou não.
Folha - Que efeito o filme tem tido sobre gays e judeus?
Roth - As pessoas têm reagido muito fortemente a ele. Foi mostrado em três festivais gays, nos Estados Unidos e no Canadá, e tanto gays quanto não gays ficaram muito tocados com o filme.

Filme: I Was a Jewish Sexworker
Produção: EUA, 1996, 75 min.
Direção: Phillip Roth
Elenco: Phillip Roth, Annie Sprinkle, Rosa von Praunheim

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