São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 1996
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Catamarã com piscina leva à ilha de Itamaracá

FÁBIO SEIXAS
DO ENVIADO ESPECIAL A PERNAMBUCO

O passeio de barco até a ilha de Itamaracá é um programa quase inevitável no Recife.
Em quatro horas, o catamarã faz o trajeto de ida e volta da praia de Maria Farinha até a ilha da Itamaracá, passando por bancos de areia e manguezais.
O catamarã da pousada Porto Canoas é um dos mais bem aparelhados da região. O barco sai da pousada, na cidade de Nova Cruz, às sextas, sábados e domingos.
O acesso ao local, que fica a cerca de 30 minutos de Recife, é feito pela rodovia BR-101.
O motorista só precisa ficar atento quando chega a Nova Cruz, pois a sinalização de acesso à pousada é precária. Para evitar contratempos, opte pelo serviço de traslado da pousada. Ele faz o trajeto Recife-Nova Cruz-Recife por R$ 8.
Ao chegar à pousada, os turistas, em grande parte estrangeiros, são recebidos com um copo gelado, e muito bem-vindo, de suco natural.
No catamarã, que conta com uma piscina, é possível tomar uma cerveja ou refrigerante enquanto você aguarda a chegada ao banco de areia da Coroa do Avião.
Tributo a desastre
Segundo moradores, o banco de areia tem esse nome porque foi formado sobre um avião que teria caído no local há cerca de 25 anos.
Coroa do Avião é quase inteiramente ocupada por quiosques de bebidas e frutos do mar. Uma garrafa de cerveja custa R$ 2, uma porção de peixe agulhinha fica por cerca de R$ 12. Por R$ 10, é possível passear por dez minutos em jet ski, "banana boat" ou ultraleve.
O local virou centro de estudos da Universidade Federal de Pernambuco, pois é ponto de passagem de aves migratórias. Coroa do Avião abriga, inclusive, um "minimuseu" que explica os costumes dessas aves.
Quando a maré está baixa, o turista pode alcançar, andando, a ilha de Itamaracá, famosa pelo forte Orange.
Itamaracá, nome indígena que significa "pedra que canta", tem 65 quilômetros quadrados e cerca de 11.600 habitantes. É repleta de casas de veraneio, o que faz a população chegar a 100 mil no verão.
O forte Orange, construído em 1631 pelos holandeses e hoje em restauração, é parada obrigatória.
Sua história recente é no mínimo curiosa. O local é administrado há 16 anos por José Amaro de Souza Filho, um ex-presidiário da penitenciária agrícola Barreto Campelo, em Itamaracá. Ele diz ter se apaixonado pelo forte quando foi deslocado para fazer a limpeza, na década de 70.

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