São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 1996 |
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Murdoch quer comprar 'Financial Times'
LUCIA MARTINS
O grupo controla o jornal especializado em economia "Financial Times", a "Thames Television" e a editora de livros Penguin Books. A oferta, calculada em US$ 6 bilhões, seria feita pela BSkyB (British Sky Broadcasting), líder do mercado britânico de TV paga, e por um parceiro norte-'americano, cujo nome não foi divulgado. O grupo Pearson hoje é controlado principalmente pela família Cowdray. Além da BSkyB, o grupo de Murdoch -o News Corporation- domina só no Reino Unido quatro grandes jornais. Dois deles -"The Times" e "The Sunday Times"- disputam o mercado de publicações de prestígio. Outros dois -"The Sun" e "News of the World"- são considerados sensacionalistas. Cerca de 40% dos jornais vendidos no Reino Unido pertencem ao grupo. Império mundial Nascido na Austrália, Murdoch naturalizou-se norte-americano para poder investir na mídia dos Estados Unidos, onde comprou jornais e estações de televisão. Nos últimos anos, tornou-se um dos empresários mais agressivos na compra de jornais e estações de TV em vários países. Sua presença no Reino Unido ganhou proeminência nos anos 80, quando ele comprou o bicentenário "The Times", que na época estava enfraquecido devido a uma greve dos gráficos que havia tirado o jornal de circulação por quase um ano. Satélite digital Em maio passado, Murdoch anunciou que vai estrear no setor de TV paga por satélite digital a partir do fim do ano que vem. A empresa planeja oferecer entre 200 e 500 canais de televisão por meio de um novo satélite, o Astra 2, que deve ser lançado no segundo semestre de 1997. Hoje, a Sky domina o mercado de TV paga no Reino Unido. A BSkyB estaria principalmente interessada na produção da Thames TV, responsável por séries com grande audiência, como "The Bill" (A Conta), e pela novela "Neighbours" (Vizinhos). Outro grande atrativo para Murdoch é o "Financial Times", maior e mais importante jornal diário econômico. O resto do grupo, incluindo a Penguin Books, seria vendido. Caso o negócio venha a se concretizar, o empresário levaria também os 50% da revista "The Economist", que é a parte controlada pelo grupo Pearson. Colaborou a Redação Texto Anterior: Entidade alerta consumidor sobre juros Próximo Texto: Defesa do consumidor investiga TVs Índice |
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