São Paulo, terça-feira, 22 de outubro de 1996
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Premiê japonês quer aumentar coalizão

Hashimoto negocia com opositores

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O premiê do Japão, Ryutaro Hashimoto, afirmou que pretende continuar no cargo e começou a negociar com os partidos de sua coalizão e até com oposicionistas a formação de um novo governo.
A sua agremiação, o Partido Liberal Democrático (PLD), obteve 239 das 500 cadeiras da câmara baixa do país, 12 a menos do que o necessário para ter a maioria.
Assessores de Hashimoto negociavam ontem com dez possíveis desertores do Shinshinto (Partido da Nova Fronteira), o principal grupo da oposição no Japão, que obteve 156 cadeiras.
"Acredito que o número de membros do Shinshinto que vão debandar está em dois dígitos", disse Shizuka Kamei, um dos líderes do PLD. O partido também buscou o segundo principal grupo de oposição, o Partido Democrático, para formar uma coalizão. O Partido Democrático elegeu 52 representantes anteontem.
Depois de uma série de escândalos de corrupção, o PLD foi derrubado do poder em 1993, depois de 38 anos de governo de partido único. Ele voltou ao poder em uma coalizão no ano seguinte, e, em janeiro, recuperou o cargo de premiê, com Ryutaro Hashimoto.
"O resultado significa que não retomamos toda a confiança do povo", disse o premiê.
A prioridade de Hashimoto foi trazer à mesa de negociação os líderes dos outros dois partidos da atual coalizão -o Sakigake e o Partido Social Democrata.
O Sakigake elegeu apenas dois membros para a câmara baixa do Parlamento anteontem e já prometeu o seu apoio a Hashimoto.
O PSD elegeu 15 cadeiras na câmara baixa, mas tem 32 representantes na câmara alta do país (onde o PLD é fraco). O partido não se declarou sobre a coalizão.
A abstenção da eleição (41%) de anteontem foi a mais alta desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Um candidato com vírus HIV foi eleito pelo Partido Democrático. Satoru Ienishi moveu ação contra o governo depois de ter sido contaminado em transfusão de sangue.

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