São Paulo, quarta-feira, 23 de outubro de 1996 |
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Itamar testa seu prestígio em Minas
WILSON TOSTA
Embaixador do Brasil na Organização dos Estados Americanos, Itamar não deu declarações sobre a disputa durante o primeiro turno. Mas permitiu que imagens suas com Delgado fossem usadas na propaganda do PMDB e seu grupo político apoiou o peemedebista. Em 3 de outubro, Itamar declarou que votaria no peemedebista. "Agora é um apoio ostensivo", disse o candidato do PMDB. Os dois estiveram afastados durante anos. Em 1986, Delgado não apoiou a candidatura de Itamar ao governo de Minas pelo PL. Em 1988, Itamar retaliou, não apoiando o candidato de Delgado à sua sucessão, na Prefeitura de Juiz de Fora. Os dois chegaram a trocar insultos. Hoje, tudo isso é passado. "Foram divergências políticas", afirmou Delgado. "Ele saiu do PMDB e eu disse que só ficaria com ele se ele ficasse no PMDB. Nunca fomos inimigos." Delgado Na política desde 1966, advogado, ex-deputado federal, ex-prefeito (1983-88), ex-diretor do DNER, Delgado reúne, no segundo turno, uma frente que inclui PT, PPB, PSDB, PSC, PSB, PDT, PTB e PMN, entre outros. Segundo ele, os apoios que conseguiu até agora não são parte de barganha por cargos. "Só converso sobre governo a partir de 16 de novembro", afirmou. Bejani Radialista, defensor da candidatura de Fernando Collor à Presidência, prefeito da cidade (89-92), Bejani ainda hoje tem sua gestão contestada na Justiça, mas atribui tudo a seus inimigos. "Se houvesse algo errado, eu não poderia ser candidato." "Eles sabem que Bejani pegou a cidade com 14 mil alunos matriculados e deixou com 30 mil", disse, citando estatísticas de seu governo que considera favoráveis. Texto Anterior: Cabo eleitoral do PPB é preso em flagrante Próximo Texto: Juiz de Fora Índice |
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