São Paulo, quarta-feira, 23 de outubro de 1996 |
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Canal 21
NELSON DE SÁ
Pouco importam FHC, o Plano Real, para não falar dos partidos -a começar do PT, siglas com identidade local que se opõe à nacional. Não surpreende que, em meio a tal campanha, seja lançado o canal 21, que abriu anteontem no cabo e em UHF, com discurso afinado: - Uma grande cidade tem que ter o seu canal, para levar até você as coisas que você conhece e adora... para que você seja, o tempo todo, um cidadão bem informado. Você, você, você... A ligação do canal 21 quer ser a mais próxima do cidadão paulistano. Assim, mostra o trânsito ao vivo, de câmeras em cruzamentos reconhecidos pelo cidadão paulistano. Cobre a política paulistana, o futebol paulistano, a cultura paulistana, nada além, mais parecendo o prolongamento de uma rádio AM. A fórmula é importada -até o detalhe, como a tela com horário e temperatura- de Nova York, do canal NY1. Como a CNN, o NY1 reuniu em pouco tempo notícia bastante, audiência bastante e a sustentação comercial. Por aqui, a experiência não promete, nestes primeiros momentos. O canal 21 e também a Globo News, de estréia recente, enfrentam dificuldade precisamente por não encontrar tanta notícia. Ontem no canal 21, clipes, filmes e até o Agente 86 preenchiam o vazio da programação. Na Globo News, por outro lado,"aprofundar notícias" provou-se um eufemismo para alongar coberturas e entrevistas, tediosamente. Para não falar dos problemas técnicos, de ambas. * - Brasil Real. A campanha da Petrobrás pela reeleição de FHC, para novembro, escolheu o título mais escancarado. E a justificação faz rir -o acrônimo BR remete ao logo da estatal. Nada a ver, dizem, com o presidente real. Texto Anterior: Elétricas e portos devem ser vendidos Próximo Texto: Vale tem prejuízo de US$ 17 mi no Pará Índice |
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