São Paulo, quarta-feira, 23 de outubro de 1996
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Mostra em NY invade intimidades

CLÁUDIA TREVISAN
DE NOVA YORK

Ver a exposição de Nan Goldin "Eu serei seu espelho", em cartaz no Whitney Museum de Nova York, é como ser convidado a invadir a intimidade de estranhos, numa espécie de "voyeurismo consentido".
Nos últimos 25 anos, Goldin registrou com sua câmara a vida das pessoas que integram o seu círculo de amigos mais próximos.
O resultado é quase um diário fotográfico, povoado por drag queens, bissexuais, sexo e drogas.
É também um relato das perdas sofridas por Goldin, na medida em que vários de seus amigos foram morrendo de Aids.
As fotos mostram a evolução da doença e os últimos dias de pessoas próximas. No texto que acompanha a exposição, Nan Goldin diz acreditar na fotografia como uma forma de preservar a vida depois da morte.
A própria Nan Goldin aparece em alguns auto-retratos. Uma das sequências de fotos mostram a artista se recuperando depois de ser internada em uma clínica para dependentes de drogas.
Outro tema frequente das fotos são os homens e mulheres que foram amantes de Goldin, com imagens muito mais suaves para elas do que para eles.
A exibição é composta também pela mostra de slides "Balada da Dependência Sexual".
Os mesmos temas da exposição de fotos vão sendo mostrados com uma coleção de músicas pop norte-americanas como trilha sonora.

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