São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 1996
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Mensalidade de 97 supera inflação em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

Diversas escolas particulares de São Paulo estão aumentando o preço das mensalidades escolares para 1997 acima do valor da inflação no período.
Projeções do IPC-Fipe (Índices de Preço ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo) indicam uma inflação de cerca de 12% para o ano de 1996. Mas amparados pela legislação, que permite elevações desde que sejam justificadas na planilha de custos, os colégios estão praticando aumentos de até 16%.
A diretoria do Rio Branco, por exemplo, explica que os preços estão sendo reajustados com a inflação deste ano e, em alguns cursos, realinhados.
"Na 3ª série do 2º grau, houve aumento da carga horária, o que justifica o aumento da mensalidade", disse o chefe da contabilidade da escola, Maurice D'Hellemmes, 41.
Fora do mercado
Para o presidente do Grupo (associação que reúne 57 escolas particulares da cidade), Sílvio Gomide, 43, a média dos aumentos não deve superar a inflação.
"As escolas que praticarem aumentos superiores a 12% correm o risco de perder alunos e ficar com preços fora do mercado."
"Se o índice de reajuste ficar próximo ao do giro da inflação, o preço está competitivo", explica.
Gomide, que recomenda critérios rígidos para a elaboração do orçamento das escolas, prevê para as mensalidades de 1998 uma estabilização dos preços.
"Se a economia continuar nesse ritmo, podemos ter aumento zero nas mensalidades ou próximo disso de 97 para 98", afirmou.

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