São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 1996 |
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'Já me sentia no velório dela'
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SOROCABA A dona-de-casa Arlinda de Jesus Conceição, 40, mãe adotiva de Luciane, diz que, antes do coquetel, já se sentia no velório da filha.Casada e com dois filhos já adultos, há sete anos e meio Conceição e seu marido decidiram adotar a menina, que nasceu com Aids e foi rejeitada pela mãe. * Agência Folha - Como Luciane estava antes do tratamento? Arlinda de Jesus Conceição - Estava morrendo. Tinha feridas no rosto. Não conseguia andar nem comer. Já estava me sentindo no velório dela. Hoje, voltou a ser ativa. Pula e corre o dia todo. Agência Folha - O que a sra. acha do tratamento, ainda não aprovado pelo Ministério da Saúde? Conceição - Se não houvesse o coquetel, teríamos perdido a esperança. Fomos nós que pedimos para a médica. Era a última solução. Agência Folha - O que a levou a adotar uma criança com Aids? Conceição - Meu marido veio com uma reportagem sobre uma menina com Aids. Disse que queria adotá-la. Relutei, mas fui vê-la e não resisti. Não sabia que era tão difícil. Hoje, é mais que uma filha. Texto Anterior: Menina festeja 9 anos com redução de 98% do HIV Próximo Texto: Transfusão passou o vírus Índice |
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