São Paulo, sábado, 26 de outubro de 1996
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Lotações transformam largo 13 em pesadelo de motoristas

Carros levam até meia hora para percorrer trecho de 1 km

DA REPORTAGEM LOCAL

O largo 13 de Maio, na zona sul, é um verdadeiro teste de paciência para o motorista.
As ruas são estreitas -existem apenas duas faixas em cada sentido-, e o motorista ainda tem que dividi-las com as 180 peruas de lotação que param no meio-fio para fazer o embarque e desembarque de passageiros.
Nos horários de pico, gastam-se até 30 minutos para atravessar o largo, em um trajeto de cerca de um quilômetro. Pelo local passam 50 linhas de ônibus, uma frota de 1.012 veículos.
Área de grande concentração comercial, o motorista tem que tomar cuidado com os pedestres. Eles costumam caminhar pelas ruas, desviando-se dos camelôs que dominam as calçadas.
O taxista Raimundo Oliveira, 43, trabalha há dez anos no largo, mas diz que vai ter de mudar para outro ponto. "Não dá mais para ficar aqui, o trânsito aumentou muito. Qualquer corrida significa uma perda de duas ou três horas na volta."
Oliveira diz que, há dois anos, dois taxistas deixaram o ponto. "Não apareceu nenhum interessado em substituí-los."
Opção
O largo é a passagem entre a ponte do Socorro, na marginal Pinheiros, e as avenidas Santo Amaro e Vereador José Diniz.
Quem segue para o centro da cidade tem a opção de pegar a própria marginal ou a avenida Washington Luís. O problema é que essas vias também costumam estar congestionadas.
O bancário Luiz Gamarano, 27, passa toda tarde pelo largo. "Aqui não há como fugir. Quando um ônibus quebra, então, isto fica totalmente parado."
O perueiro Wander Carmo também reclama. "Parece que ninguém anda", disse, ao estacionar sua lotação na pista para embarcar cinco pessoas.
A prefeitura diz que as linhas de lotação credenciadas não podem parar no largo. Nos últimos dois meses, 38 peruas ilegais teriam sido apreendidas.

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