São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996 |
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PSDB faz campanha 'sem trégua' para chegar no '2 a 2' em Belo Horizonte
PAULO PEIXOTO
A estratégia será incomodar Castro intensamente, fazendo com que ele se sinta provocado e, a partir daí, adote o debate político tão desejado pelo candidato do PSDB. No primeiro turno, quando estava em vantagem, Martins evitou a polarização. Agora, quem não a quer é Castro. O socialista, de acordo com pesquisa Datafolha realizada nos últimos dias 15 e 16, abriu 45 pontos percentuais sobre o tucano. Castro tem 66% das intenções de voto, contra 21% de Martins. A estratégia do PSDB pretende ainda fazer com que o eleitor também se sinta incomodado e questione mais Castro. Para os aliados de Martins, o adversário passou despercebido no primeiro turno da disputa e por isso venceu sem ser incomodado por ninguém. Por isso querem a comparação. Os coordenadores da campanha de Martins admitem ser muito difícil reverter essa diferença, principalmente porque serão apenas duas semanas de horário eleitoral. Mas não consideram impossível. "Será uma campanha competente e decidida. Acredito que a eleição se ganha em poucos dias. A situação atual é 3 para o Célio e 1 para o Amilcar. Queremos chegar aos 2 a 2 e, então, a população vai decidir", disse o vice-governador de Minas Gerais e supervisor da campanha tucana, Walfrido dos Mares Guia (PTB). Será uma campanha muito direcionada para a classe média, que Martins atingiu muito pouco. A premissa básica é que, se a classe média começar a fazer comparações, logo a periferia será influenciada e mudanças de intenções de voto poderão ocorrer. O programa vai ainda explorar a atual administração petista, da qual Castro é o vice-prefeito. Os tucanos não acreditam em voto cristalizado e afirmam que a "onda Castro" pode passar. Texto Anterior: Tucanos temem campanha do voto nulo Próximo Texto: Petista vai investir em passado "oligárquico" de socialista Índice |
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