São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996
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Gráfica gera 25% da receita do sindicato dos bancários

Mensalidade dos associados já responde por 60% do orçamento

FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Há três anos, o Sindicato dos Bancários de São Paulo avaliou que precisaria viver de mensalidades e obter uma fonte alternativa de receitas.
Hoje, sua gráfica presta serviços a outros sindicatos e a empresas, respondendo por 25% da receita do sindicato. Ela contribuiu, no ano passado, com R$ 6 milhões de um orçamento total de R$ 24 milhões.
Três em cada quatro bancários paulistas são sindicalizados. A mensalidade dos sócios corresponde a mais de 60% do orçamento. A diretoria pretende incluir nos estatutos um veto à arrecadação do imposto sindical.
Situação cômoda
Para Ricardo Berzoini, presidente da entidade, "o maior problema é que muitos sindicatos se acostumaram com o imposto sindical como uma fonte segura de receita" (o desconto compulsório de um dia de trabalho por ano, de toda a base da categoria).
Numa economia de inflação baixa e com desemprego, a venda de um dos quatro caminhões de som dos metalúrgicos do ABCD é reveladora dos novos desafios dos sindicatos.
"A tendência é reduzir bastante a convocação de greves gerais por categoria", diz Berzoini. O trabalhador está avaliando a relação custo/benefício, calculando o prejuízo eventual ao participar de uma greve.
Segundo ele, o dirigente tem de expor ao mínimo a categoria: "Numa economia estabilizada, a tendência é não ficar fazendo campanha salarial o ano todo". (FREDERICO VASCONCELOS)

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