São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Poucos arriscam carreira em letras

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

Com um mercado de trabalho nada promissor, cursos como armênio, chinês, grego e russo foram os menos procurados pelos vestibulandos de 97.
Na USP (Universidade de São Paulo), só oito se inscreveram para armênio -para um total de dez vagas. Em chinês, foram 13 inscritos para 15 vagas.
Segundo a consultora Elaine Saad, da Saad Filipelli, a pouca procura pelos cursos reflete uma realidade de mercado.
"Há poucas chances profissionais em todas essas áreas. Não temos empresas de capital chinês ou russo no Brasil para justificar a necessidade do tradutor ou intérprete."
Homero Freitas de Andrade, 43, professor-doutor de língua e literatura russa da USP, diz que o campo é quase nulo. "Tem pouco trabalho. Quando tem, é mal remunerado."
"Sei que é difícil conseguir uma colocação no meio acadêmico, mas é o que eu quero", diz Valéria Aranha, 22, que está no quarto ano de russo da USP.

Texto Anterior: Vestibulando de 97 opta por profissões saturadas
Próximo Texto: Vestibulando de 97 opta por profissões saturadas
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.