São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996
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Palmeiras luta para evitar o 'clima de guerra' no Sul

ALEXANDRE GIMENEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras quer evitar qualquer clima de hostilidade na partida de hoje, às 19h no estádio Olímpico, contra o Grêmio.
O jogo está cercado de um "clima de guerra". Na última partida entre as duas equipes, na Copa do Brasil no semestre passado, jogadores e membros da comissão técnica do Palmeiras foram agredidos por seguranças do Grêmio.
O Grêmio venceu por 2 a 1, mas foi desclassificado da competição. Nos últimos minutos da partida, o time gaúcho teve um gol anulado.
"Eu sei que a torcida vai nos vaiar. Isso é normal. Eu só não quero ir para uma guerra. Não faz parte do futebol você se sentir ameaçado fisicamente", disse Wanderley Luxemburgo, técnico do Palmeiras.
O treinador acha que o presidente do Grêmio, Fábio Koff, será responsável por qualquer tipo agressão que possa ser cometida contra membros da delegação paulista.
"Ele (Fábio Koff), como presidente do Grêmio, deve saber quem trabalha lá. Tudo que acontece fora de campo, ele tem que saber", disse Luxemburgo.
A diretoria do Palmeiras não montou nenhum esquema especial de proteção.
"Vamos ter dois seguranças. Essa é a equipe que usamos normalmente", disse o Sebastião Lapolla, diretor de futebol do time.
Os jogadores do Palmeiras também querem evitar o "clima de guerra".
"O que acontece fora de campo não é problema nosso. Estamos preparados para uma partida de futebol, não para uma guerra", disse o lateral-direito Cafu.
A opinião é compartilhada pelo zagueiro Cléber. "Foi lamentável o que aconteceu. Esse clima não é bom para o futebol."
O Palmeiras divide a liderança do Brasileiro, ao lado do Cruzeiro. As duas equipes têm 33 pontos.
Para o meia-atacante Djalminha, a grande arma do Grêmio é o atacante Paulo Nunes. Ele é o artilheiro do Brasileiro, com 11 gols
"O Paulo Nunes está em grande fase. Sempre é preciso estar atento a um grande jogador", disse Djalminha.
A diretoria do Grêmio enviou um fax à diretoria do Palmeiras prometendo paz.
Os jogadores falam em lealdade, mas prometem muita garra.
"O Palmeiras é um adversário especial, pois a rivalidade que temos com eles é comparável à existente em relação ao Inter, em um Gre-Nal", disse o meia Dinho.

Colaborou a Agência Folha
NA TV - Globo e Bandeirantes, ao vivo, às 19h

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