São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996 |
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Assédio leva Ronaldinho a virar caseiro
BETINA BERNARDES
"É impossível andar na rua. O povo daqui é muito mais fanático por futebol do que no Brasil. Onde vou, eles atacam mesmo, me tocam, ficam querendo alisar minha careca", diz o centroavante brasileiro. Por isso, as saídas se resumem a idas a restaurantes com reserva de mesa separada. Acompanhando, em geral, vão amigos brasileiros, como o companheiro de time Giovanni. A namorada, cujo nome se recusa a dizer, não mora em Barcelona. "Não gosto de falar sobre isso; para a menina complica muito", diz Ronaldinho. Já Giovanni acompanha o centroavante e se diz muito feliz com o sucesso do amigo. "Eu já era fã dele e torço pelo Ronaldinho. É um grande jogador e espero que ele possa ser o rei aqui na Espanha", afirma. Os dois brasileiros do Barcelona são tratados pela Imprensa como a "dupla Tom e Jerry", tamanha a integração nos jogos. O sucesso do clube catalão no Espanhol é atribuído principalmente à boa performance dos dois nos jogos. "Ronaldo tem 20 anos de idade e um talento fenomenal", diz o técnico do time, Bobby Robson. "É o melhor jogador jovem do mundo e tem um futuro incrível", afirma, frisando o "jovem" do melhor jogador. Vivendo agora o que havia sonhado para um futuro mais distante, Ronaldinho se define como uma pessoa feliz. "Quero curtir o presente, estou numa excelente fase e fazendo o que mais gosto. Só quero terminar meu contrato aqui, ganhar muitos campeonatos e representar bem o Brasil." Texto Anterior: Santos muda distribuição tática para sair da crise Próximo Texto: Fãs criam músicas e novo símbolo sexual Índice |
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