São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996
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Planta flexível busca desejo do cliente

RODRIGO AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

A adoção de apartamentos com plantas flexíveis, ou seja, que podem variar de acordo com o gosto do freguês, é um dos recursos mais eficazes usados hoje pelo mercado imobiliário para incrementar as vendas de um empreendimento.
Projetos que trazem a previsão de mudança de tamanho de cômodos por meio da simples remoção ou adição de paredes são cada vez mais comuns em São Paulo.
A intenção das empresas que os lançam é aumentar o universo de compradores de um imóvel. "O apelo mercadológico é grande", diz o consultor Lincoln Marques.
Esses projetos trazem ao comprador a possibilidade de personalizar, ao menos parcialmente, o imóvel em que vai morar, segundo seus desejos ou necessidades. "O cliente pode deixar o apartamento do jeitão dele", afirma Marques.
A oferta de projetos variados não é conceito inédito, mas ganha força e está atingindo também imóveis de pequeno porte.
Alto padrão
Em empreendimentos de alto padrão, trata-se de um recurso de presença obrigatória -seu público, em geral, prefere não ter um apartamento igual ao do vizinho.
A construtora Adolpho Lindenberg, por exemplo, chama cada comprador de seus apartamentos para discutir as mudanças que devem ser feitas no projeto original antes que as obras terminem.
A idéia se faz menos presente em obras de padrão médio, nas quais os custos de construção exercem maior influência. Mas há soluções que possibilitam fazer mudanças sem onerar demais os preços.
Os arquitetos Gil Carvalho e Paulo Lisboa, por exemplo, incluem em seus projetos os "shafts" -dutos verticais dentro dos quais correm tubulações elétricas e hidráulicas. São mais comuns em edifícios comerciais.
As instalações hidráulicas (rede de água e esgoto) constituem os principais obstáculos a modificações, pois, se modificadas em um andar do prédio, podem prejudicar o abastecimento em outros.

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