São Paulo, domingo, 27 de outubro de 1996 |
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'Morte e Vida' é quase superprodução
NELSON DE SÁ
"Morte e Vida Severina", com direção de Silnei Siqueira, é uma das melhores opções, em espetáculo de vestibular. Ainda assim, enfrenta problemas, como a voz limitada de parte do elenco, em especial para enfrentar o verso anti-romântico de João Cabral, e com algumas atuações de pouco efeito, como os coveiros sem graça. Enfrenta, sobretudo, a ausência de relação mais direta com a vida contemporânea, traço comum das montagens do grupo Tapa. A ligação com a luta dos sem-terra, comentada na estréia, é estranhamente distante, surgindo "Morte e Vida Severina" mais como espetáculo de retirante, a caminho da cidade grande, do que o contrário, que é o se tem hoje. Não importa. A tragédia da miséria está lá, crua, nos versos duros, na música envolvente; também a devoção religiosa, ibérica. Retrato do Brasil que insiste em sobreviver, como diz a peça, severino. (NS) Texto Anterior: 'Auto da Barca' não se contém Próximo Texto: Aula e teatro Índice |
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