São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 1996
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Partido quer atrair jovens

DA REPORTAGEM LOCAL

O PT vai correr atrás dos jovens para tentar superar o desânimo que tem marcado sua militância nas últimas eleições.
Segundo Jilmar Tatto, coordenador da campanha de Luiza Erundina, o diálogo com a juventude é uma das preocupações para o segundo turno.
"Jovem é muito de novidade. Temos de desenvolver uma política específica para trazer mais gente", explica Paulo Roberto Fiorilo, responsável pela mobilização da campanha petista à Prefeitura de São Paulo.
Nesse sentido, Antônio Donato, secretário de organização do Diretório Municipal, acha que um público a ser explorado é a juventude de periferia.
"Os universitários, hoje, querem mais é pensar no futuro. Na periferia, a mocidade dá grande importância ao rap, por exemplo, que tem conteúdo político forte. Se esses jovens têm o discurso do PT, por que não estão no partido?"
Já o vereador Francisco Whitaker aposta no surgimento de um novo tipo de militância para superar o problema.
"Com a TV disputando espaço, talvez não seja mais o caso de insistir na campanha de rua romântica", afirma.
Trabalhando há cerca de um ano na organização de "grupos de acompanhamento das Câmaras Municipais", Whitaker acredita que é a partir desse estudo do funcionamento do Legislativo que surgirão os militantes do futuro.
"A idéia de ter pessoas na rua foi copiada e deturpada pelos outros partidos, que hoje pagam por esse tipo de serviço. Teremos um novo tipo de militante, capaz de identificar erros e de se mobilizar para agir."

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