São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 1996
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Simulado da Fuvest tem abstenção de 12%

AUGUSTO PINHEIRO
DA REPORTAGEM LOCAL

O segundo dia do Fovestão, simulado das provas da primeira fase da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), promovido pelo Curso e Colégio Objetivo, com apoio da Folha, aconteceu ontem em 271 cidades de todo o Brasil.
A classificação dos melhores colocados será publicada na Folha, no próximo dia 11. Os primeiros colocados recebem prêmios, como uma viagem à Disney e microcomputadores.
Compareceram 67,3 mil alunos. Houve uma queda de 3,9% na frequência em relação ao primeiro dia, no domingo passado (70.048). O total de inscritos é de 76,3 mil.
Ontem foram realizadas as provas de biologia, matemática, geografia e história.
Em São Paulo, mesmo com chuva, às 8h já havia alunos sentados na escada do prédio do Objetivo, na av. Paulista.
Juliana Araldi, 18, que presta fisioterapia pela segunda vez, estava "um pouquinho" nervosa. "Se eu não ficar bem classificada, vou ficar mais nervosa no dia da prova da Fuvest", diz.
Já Verônica Gonçalves, 17, estava "sossegada". "Já desencanei. Estou fazendo só para entrar no clima da Fuvest." Ela tenta história.
A maioria dos alunos conversava descontraidamente antes da prova. O clima era de tranquilidade.
"Voa, pequeno"
A cinco minutos do horário de fechamento dos portões, às 9h, os candidatos chegavam correndo.
"Voa, voa, pequeno. Vai fechar", gritava a coordenadora de geografia do Objetivo, Vera Lúcia Antunes. Alguns alunos escorregaram na escada molhada. "Dá uma aflição", diz Vera.
Mas para ela, "os alunos têm de ter responsabilidade, pois no dia do vestibular não entra mesmo".
Quem chegou até dois minutos depois das 9h, conseguiu entrar pelo Cine Gazeta. Depois, não teve mais jeito.
Provas bem elaboradas
Às 11h, os candidatos começaram a sair. Ana Carolina Alfani, 17, reclamou das poucas questões de zoologia na prova de biologia.
Segundo o coordenador da disciplina, Clézio Morandini, o assunto não é muito explorado pela Fuvest. "O que mais cai é citologia, fisiologia e genética", diz.
"A prova de história estava muito voltada para o Brasil do início do século passado. Faltaram questões de atualidade", diz Cibele de Oliveira, 17.
O coordenador de história, Francisco Alves da Silva, diz que a Fuvest não coloca muitas questões de atualidades. Segundo ele, o período pós-64 só foi incluído nas provas há três anos.

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