São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 1996 |
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Corinthians e Santos fazem clássico chinfrim
ALBERTO HELENA JR.
No primeiro tempo, o Santos foi melhor, com destaque para o médio Vágner. No segundo, o Corinthians melhorou, com destaque para Souza. E só. * E Romário não resistiu pouco mais do que meia hora de bola rolando. Que praga, hein? * O adeus a Foguinho, mais que craque e mestre, uma dessas figuras inesquecíveis do futebol. * Vamos ao começo desse fim melancólico. Telê deixou uma herança maldita a Muricy, que comeu o pão que o diabo amassou com um elenco de quinta categoria. Quando chegaram os reforços, Muricy armou o time tão certinho que ganhou uma dessas tantas copas que pululam na nossa TV. Era assim, do meio pra frente: Axel, Edmílson; Adriano, Denílson; Muller, Valdir. Cada um no lugar certo: dois médios marcadores, dois meias (o destro, pela direita; o canhoto, pela esquerda) e dois avantes (um, mais preparador; outro, finalizador). Parreira assumiu e ainda por cima recebeu mais dois reforços -Djair e Aristizábal. E sua primeira decisão foi sacar Adriano do time, para formar com Djair um trio de médios, embora anunciasse que jogaria com apenas um cabeça-de-área e dois meias (Djair e Edmílson). Só restava aproveitar André, que servia à seleção na época. André, já com Muricy, resistira à idéia de ser meia, mas aceitava jogar como segundo volante, para permitir a utilização de Serginho pela lateral esquerda. Mesmo assim, Parreira insistiu em escalá-lo como meia. Apesar disso, o time saiu na frente no Brasileirão, mas logo começou a declinar. Com a contusão de Djair, Parreira demorou mas achou a solução: o resgate de Adriano, que, para seu azar, contundiu-se no jogo seguinte, contra o Guarani. A partir daí, já se havia instalado a insegurança no time e a hesitação do treinador, que se aferrou a um esquema destinado a evitar o pior -a desclassificação, que se configurou sábado com a derrota de 2 a 0 diante do Vitória. Essa é a verdadeira cronologia dos fatos, o resto é papo furado. * Era como um daqueles video games de dificuldades progressivas: no primeiro, um lançamento com açúcar colhe Ronaldinho sozinho na área. Fácil. Fácil? No mesmo instante, em alguns canais de TV além, Valdir perdia dois desses contra o Vitória. No segundo, ele intercepta uma bola na intermediária inimiga, passa por um, por dois, se livra do goleiro e completa. Por fim, partiu do meio-de-campo, deixou uma esteira de rivais no caminho e deu a vitória ao Barcelona diante do Valencia: 3 a 2. Se não é Pelé, já desperta no inimigo a mesma solução: só abatendo a tiros. Texto Anterior: Provocações marcam véspera da partida Próximo Texto: Inter derrota o Flamengo no Rio na volta de Romário Índice |
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