São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 1996
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Todos são parecidos na tribo das ondas

ROBERTO PIERANTONI
ESPECIAL PARA A FOLHA

"Surfista é surfista em qualquer lugar". Por mais que a frase coloque a individualidade, as influências culturais, a língua, a religião e os costumes de cada um no mesmo saco, a afirmação parece ter seu lado verdadeiro.
Durante o ISA Surfing Games foram entrevistados surfistas entre 14 e 25 anos sobre o que eles pensam de suas vidas, anseios, desejos e o dia-a-dia nas ondas.
Não importa se do Taiti, de Portugal ou do Brasil, de um modo geral, as resposta mostram que existe muito mais em comum entre a galera da onda do que a busca incessantes pelo tubo inesquecível.
Todos deixaram bem claro que a opção pelo surfe como profissão foi a mais correta que poderiam ter feito. "Além de ter uma vida sadia nenhum outro trabalho me daria a oportunidade de conhecer muitos lugares do mundo", disse Rodrigo Rocha, 21, da equipe Fico e atual campeão brasileiro amador.
O taitiano Drollet Marama, 15, e a japonesa Erina Taniguchi, 17, concordam. "Poucas profissões dão a oportunidade de se ganhar dinheiro fazendo o que a maioria faz por diversão", diz Erina. "Quero estar lado a lado competindo com meus ídolos", disse o mexicano Alíster Calderon, 17.
Todos os entrevistados se mostram avesso à política e aos problemas sociais de seus países. E poucos dizem ler jornal com assiduidade. "Acho política um saco", afirmou Bruno Rodrigues, 25, surfista de Portugal.
(RP)

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