São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 1996 |
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'Nome' tem alma do Oscar
INÁCIO ARAUJO
Mas há também um fio dramático tradicional, no filme de Jim Sheridan: estamos diante de um misto de drama de tribunal e drama carcerário -filões típicos do cinema americano- em que o espectador pode sempre esperar que, enfim, se faça justiça. E fazer justiça, no caso, consiste em reconhecer a inocência dos réus e a culpa da polícia inglesa (composta de torturadores). Enfim, "Em Nome do Pai" constrói-se nesse terreno vago entre o IRA e a Coroa. Há uma revolta, mas o filme não se digna a entrar no mérito de sua justiça ou injustiça. Há policiais incompetentes (esses, uma tradição repisada pelo próprio cinema inglês, ao menos desde Hitchcock). O espectador não fica informado dos interesses em jogo nessa história. Em compensação, é jogado num mar de sentimentos articulados de maneira no mínimo hábil. Dramaticamente, o filme sustenta sua proposta. Os atores são impecáveis. O acabamento é muito bom. Nesse sentido, é difícil recusar o filme. (IA) Texto Anterior: CLIPE Próximo Texto: Scandurra tenta limpar 'manchas' da MPB Índice |
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