São Paulo, segunda-feira, 28 de outubro de 1996
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Desconhecer a reforma do Pelourinho é injustificável

MARIA ADRIANA ALMEIDA COUTO DE CASTRO

O senhor Carlos Eduardo Pereira, secretário do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Esportes do Recife, em declaração publicada no caderno de Turismo, de 21 de outubro passado, afirma: "Estamos fazendo uma reforma mais profunda do que a do Pelourinho, em Salvador".
E, mais adiante, continua o secretário: "Não estamos apenas pintando os casarões".
Isso criou uma situação inusitada, pois técnicos do Recife visitaram o Pelourinho, recuperado e em obras, para colher informações, com o objetivo de desenvolver projeto similar na capital pernambucana.
Surpresa
No mês passado, o diretor do Patrimônio Histórico da Fundarpe visitou o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (IPAC), que é o órgão responsável pela recuperação do Pelourinho.
Por isso, ficamos surpresos com as declarações do secretário Carlos Eduardo Pereira, que, por força de sua atuação profissional, não tem como justificar o desconhecimento do Programa de Recuperação do Centro Histórico de Salvador.
Além dos serviços de recuperação estrutural e funcional, restauração, construção, urbanização e paisagismo, o programa implantou ou complementou a infra-estrutura urbana de água, esgotos, energia elétrica e telefone.
Implantou ainda uma rede especial de combate a incêndios.
Todas essas medidas contribuíram para dotar a área de conforto celular e urbano compatíveis com sua utilização.
Assim, fica uma pergunta para o secretário Carlos Eduardo Pereira. Que intervenção pode ser mais profunda do que essa?
Exemplo
De todos os benefícios gerados pelo Programa de Recuperação do Centro Histórico de Salvador, o mais importante, sem dúvida, é ter provado a outras cidades, especialmente a capitais nordestinas, que a reabilitação urbana dos centros históricos é viável e dá lucro.

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